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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Ilha de Paquetá

Praia da Moreninha

   Tão antiga quanto a fundação da cidade do Rio de Janeiro, a ilha que recebeu o nome de 'terra de muitas pacas', em tupi, é um bairro da cidade que sempre foi visto com bons olhos pelos cariocas, sobretudo pela elite, que manteve ao longo dos séculos a tradição de frequenta-la e residi-la. 
Vista da Pedra da Morinha
   Característica pelos floridos flamboyants, pela atmosfera pacata e pelas águas calmas e - até então - cristalinas, a ilha foi acumulando elogios e apelidos como 'Pérola da Guanabara', 'Ilha da poesia' e o mais famoso: 'A ilha dos amores'. No entanto, não por acaso... Poucos são os lugares melhores para se passar o dia com um par, devido ao bucolismo e o romantismo propriamente dito que parecem incólumes ao tempo e à evolução da ilha.
Por do Sol na ilha
   Bom, como nem tudo são flamboyants, o exponencial e desordenado crescimento do Rio de Janeiro causou tristes consequencias a Paquetá: o acúmulo de favelas em torno da ilha aumentou o aporte de esgoto na baía e o trafego intenso de barcos e navios - aliado a ignorancia das pessoas e ao descaso do governo - expôs as águas guanabarenses a altas concentrações de óleo e dejetos não degradáveis.
   Felizmente, um certo progresso vem ocorrendo de uns tempos pra cá, com a criação da APA (Área de Preservação Ambiental) de Guapimirim em 84, mangues preservados e rios limpos desembocando ao fundo da baía passaram a ser uma garantia para uma renovação constante das águas de paquetá. Mas isso é um pequeno alívio apenas, é preciso muito trabalho de despoluição e, acima de tudo conscientização de todos.
Vista do Mirante do Parque Darke de Mattos
   Deixando de lado seus problemas, a ilha oferece muitas atrações. Passar o dia é o ideal para poder passear por toda ilha e conhecer seus diversos pontos famosos, tal como a pedra e a praia da moreninha, o cemitério dos pássaros (primeiro e único da América Latina), o parque Darke de Mattos, entre outos. O acesso à Paquetá é apenas por barco (a ilha é intrafegável) e o único transporte público são as Barcas SA, por isso é bom planejar-se e ter certa cautela para não perder o horário, pois os intervalos são relativamente espaçosos. 
   Não há dias recomendados para se visitar a ilha, embora seja bom, naturalmente, um dia de sol para aproveitar os parques e fazer belas caminhadas em família, amigos ou com o par ideal. Para os que não planejam boas caminhadas há outras alternativas, baratas por sinal:
  • Aluguel de bicicleta: A partir de 3 reais - boa opção para os que curtem esta prática, afinal não há carros na ilha!;
  • Eco-taxi: Que tal uma carona em uma bicicleta adaptada? Custa 3,50 por pessoa a corrida simples e a partir de 25 reais o passeio completo;
  • Pedalinho: Nada melhor para quem vai a ilha em busca de um momento romantico. Com preços a partir de 10 reais, estão garantidos 40 minutos na enseada de José Bonifácio.
  • Charrete: O mais clássico dos transportes da ilha custa a partir de 15 reais e suporta uma família de até 5 ou 6 pessoas;
  • Trenzinho: Um lento carro temático que faz um passeio completo na ilha e conta com um guia turístico. Os preços são a partir de 3,50.
Flamboyant a beira da praia
   Além disso, existem também algumas pousadas, hotéis e restaurantes que dão suporte aos que pretendem ficar mais tempo pela ilha.
   Outras informações: A ilha dos amores, que possui 1,2 km² de área e 8 km de perímetro, é a segunda maior da baía de Guanabara, perdendo apenas para a Ilha do Governador. Tem vista para o Dedo de Deus de um lado da ilha e para o Pão de Açúcar, a Ponte Rio-Niterói e o Corcovado do outro lado. A distância do cais da ilha até o terminal da Praça XV é de aproximadamente 18 kms, que são percorridos em 70 minutos pelas barcas.
   Portanto, o passeio à ilha de Paquetá é indispensável para quem busca um dia de tranquilidade e paz, seja em grupo ou a dois, além de conhecer uma ilha que - apesar dos maus tratos - continua bela e vibrante, mostrando assim ser, acima de tudo, um bom e velho bairro da cidade maravilhosa.